“A vida é o
dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são
seis horas! Quando se vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é natal... Quando se vê, já terminou o ano...” e caramba, Mario
Quintana, já é fevereiro de 2012!
Embora o ano ainda esteja engatinhando, ele já me deu
muitas alegrias, presenteando-me com um estágio no portal IMPRENSA, com a
continuação no Blog Mural, com o início do curso “Repórter do Futuro”... Parece que tudo se encaminha bem.
Mas, uma pergunta simples, feita recentemente por
um professor, muito me intrigou. - Por que você faz jornalismo?
...
- “Porque eu gosto de escrever.” (sim, talvez, sempre tive boas notas em redações, resenhas, só
que no meu caso, eu passei a gostar de escrever , de verdade, depois que comecei o curso e vi
que o negócio era bacana)
- “Porque minha mãe mandou.” (não, minha mãe, que é
uma estrela, nunca me disse qual profissão eu deveria seguir, porém, dona Marta
me incentivava a estudar e dizia que eu não seria ninguém se não soubesse ler e
fazer uma conta matemática)
- “Desde pequena eu queria ser.” (não, eu queria
ser veterinária, mas esse sonho findou quando fiz 15 anos)
- “Porque eu sempre lia/via/ouvia jornal.” (até
minha adolescência Bonner e Fátima eram os únicos jornalistas da face da Terra. Eu lia bastante revista, a Capricho, Recreio... Não lia jornal, fui ler depois de
grande. Pra mim, jornal era coisa de gente inteligente, culta. Segurar aquelas
folhas de papel, manejá-las, é arte, status. Já quando comecei a ouvir rádios
jornalísticas curti bastante, elas tiveram um up de um tempo pra cá)
- E um monte de enrola-enrola e frases prontas.
Conclui que eu não tenho uma história bonita pra dizer o porque escolhi ser jornalista. Confesso que meu caso de
amor com o jornalismo é um clichê barato: à primeira vista, mesmo!
Depois de quase ter se matriculado no curso de
Turismo, ter assistido uma aula de Psicologia, frequentar por seis meses classes de Filosofia – todos em universidades diferentes -, o Jornalismo foi/é a maior
das certezas.
Entrei numa sala de aula com pouco menos de
trinta pessoas, todas com os olhos cheios de expectativas, e lá, na lousa, uma
professora com um sorriso largo, dizendo que jornalismo era a melhor profissão
do mundo.
O jornalista "conversa" com gente que ele não conhece. Gente diferente, gente de todo canto do mundo, mas que, no momento em que leem/veem/ouvem uma matéria partilham do mesmo sentimento.
O jornalista "conversa" com gente que ele não conhece. Gente diferente, gente de todo canto do mundo, mas que, no momento em que leem/veem/ouvem uma matéria partilham do mesmo sentimento.
Penso que de “jornalista” todos temos um pouquinho.
Quando contamos e reproduzimos uma história, como quando acontece um barulho
diferente na rua, a gente vai ver ou quando a conta de luz vem mais alta, a gente
quer saber o porquê, e até quando troca aquela fofoca com a vizinha, pra se
informar do que rola no bairro.
No meu caso, esse “pouquinho” virou um “poucão” e
de pouquinho em pouquinho vou me tornando aquilo que, de fato, eu nunca quis
ser, mas que num minuto da vida se transformou na única coisa em que me projeto: ser jornalista, do tipo JORNALISTA.
...
“[...] Se me fosse dado um dia, outra
oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo
caminho a casca dourada e inútil das horas... [...].