quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A lágrima


Ontem pela noite, em uma das poucas vezes que consigo assistir TV (digo assistir mesmo), passo por um determinado canal e vejo uma matéria sobre o caso da menina Lavínia. Não me interessa se fulana era amante do pai, do tio, de sei lá quem e nem tão pouco os 'por ques' e 'porques' da mídia e da sociedade, o que sei é que uma criança, um ser sem mácula, puro e de feições angelicais pagou um preço o qual não deveria.

Ao olhar aquelas cenas, o drama da família, o fitar cansado de olhos que tanto já choraram bastou, para que uma lágrima saltasse e rolasse sobre meu rosto. Posso dizer que tenho facilidade em me emocionar, coisas simples me fazem fantasiar, mas essa lágrima significou muito. Foi uma lágrima de compaixão.

Pergunto-me, até quando o ser humano vai matar a si mesmo? Até quando vai preferir dinheiro a dignidade? Optar por drogas em vez de felicidade? Corrupção ou honestidade? E não se compadecer.

Enxugo a lágrima. Desligo a TV.

Desligo.



*Texto postado em 04/03/2011 em um blog meu que não existe mais. Para quem não se recorda da notícia descrita acima clique aqui.

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