Dados da Campanha Emblema de Imprensa (PEC, em
inglês)
revelam que em 2011 o México foi considerado pelo segundo ano consecutivo o
país mais perigoso para se exercer a profissão de jornalista. Estima-se em 12 o número de jornalistas
assassinados, com exceção dos desaparecidos. Tal fato culminou
em 2006, no início do mandato de Felipe Calderón, quando este instituiu tropas
do Exército para combater o narcotráfico. Desde então jornalistas mexicanos têm
sofrido ameaças de grupos narcoguerrilheiros e vivem sob o impasse do crime
organizado e do Estado, pois ambos os veem como inimigos e força contrária aos
seus interesses, o que impede a livre expressão da imprensa, como também viola o
direito à informação.
“Aqueles ataques em que a vitima é um jornalista, em minha opinião, podem e devem ser considerados crimes federais”, disse o presidente Felipe Calderón, em discurso em dezembro de 2011. Segundo informe público da Comissão Nacional dos Direitos Humanos do México (CNDH), medidas para a inibição destes atos de violência já foram solicitadas e a responsabilidade de proteção aos jornalistas é do governo, “é indispensável que as autoridades competentes empreendam ações necessárias e contundentes que possam garantir condições de segurança e prevenção suficientes para o desempenho destes profissionais e que implementem políticas públicas a respeito."
Omar Torres/AFP/Imagens Getty |
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